Momentos Fotografados​

Este foi um momento registado no "1ºEncontro de Zen Integrativo", organizado pelo Nuno Nunes, do Núcleo de Reiki de Penafiel. "No círculo dançante, compreendemos melhor os nossos corpos e na expressão através da palavra firmámos aquilo que já sabíamos, mas resolvemos vocalizar. Percebemos que cada palavra tecia um fio que nos aproximava ainda mais."

Na Lourinhã, na Quinta das Irmãs, viveram-se momentos inesquecíveis no "Reborn - Encontro de Professores de Danças Circulares Meditativas by Cláudia de Jesus", organizado pela Cláudia de Jesus. "Libertou-se a serpente, respirando no regaço morno da terra num acalento poético. Movemo-nos em poesia a brotar da terra em direção à vida, à terra, ao cosmos, ao uno. Escutámos os sinos do vento nos interstícios da palavra, deixando surgir ainda mais paisagens do eu."

"No quotidiano habita o sagrado da vida e o encontro dá-se neste movimento contínuo dos seres".  As artes aproximam os seres humanos e organicamente aprendemos. Em cada passo e em cada gesto, há um mundo que se abre e que nos expande continuamente. O aprender dá-se em espaços diversos e a dança enlaça corações que falam línguas diversas. No círculo, a multiculturalidade é cor pulsante, movendo numa batida única ecoante. Este momento foi um dos muitos que aconteceram em oficinas criativas e em sessões de aprendizagem de língua portuguesa. 

A escrita é um rio fluido. Libera a mente, esvazia aquilo que nos pesa ou simplesmente o que nos habita as paisagens internas. Vejo a escrita como um ato sagrado, um ritual diário libertador e também clarificador. As palavras escritas no papel podem libertar e ainda ser clareira. Aquele círculo de luz que encontramos aquando de uma caminhada na floresta é mais uma porta que se abre para caminhos inesperados. Convido, na oficina criativa a abrirmo-nos à nossa natureza movendo-nos em paisagens diversas, povoadas com árvores, lagos, mar, flores. Através da poesia sussurrada, entramos no silêncio do corpo e sentimos a sua melodia. Damos as mãos e dançamos. Pousamos o corpo e deixamos a palavra imergir. Fechamos o círculo, pondo em comum a poesia conjunta que dali nasceu. 

O "Baralho Poético - Asas de Ouroboros" nasceu no dia 12 de julho de 2024. É uma criação conjunta de almas irmãs que, unidas pelo amor à arte, poesia e ao movimento, deram vida a cada carta. Este baralho é um convite para a imersão na dança da existência, onde cada gesto revela um verso, sendo muito mais do que um baralho de cartas. É uma criação para sentir, pois cada palavra pode fazer brotar tantas possibilidades quanto cada um quiser. A serpente é o pano de fundo do baralho e é fruto de histórias que vivi em companhia da Maria Silva, a minha professora de Yoga, da minha am Fernanda Gomes (criadora de Gataphinhos) e de muitos outros movimentos criativos na natureza. O parto deste traço é conjunto porque as vozes estão em mim e vêm de longe, de perto, de tantas e infinitas direções a gerar em mim inúmeras possibilidades.

Sempre gostei muito de escrever. Comecei a fazê-lo aos 11 anos. Este é o meu primeiro livro, que foi publicado em 2014.
Gestos que sabem a maresia é um livro sobre os caminhos da vida, sempre com a natureza a espreitar. A poesia espraia-se ao longo do livro em vários momentos: o começo, retratos, elementos naturais e definições do amor.