Encontro aberto e Expressão criativa - A Arte do ArtCoaching
- tmpego
- 9 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
O corpo entra num espaço aberto à exploração, através de artes diversas, sem nenhuma predefinição existente, apenas aquela que acontece.

Rasmus Forman, nascido na Dinamarca, e dinamizador de atividades de expressão criativa e de Art Coaching, toca as taças tibetanas, sempre presentes, que oferecem ao silêncio uma outra experiência, guiando os corpos despertos, para caminhos ainda por descobrir. Move-se, desenha-se, inventa-se, imagina-se.
À frente, pode estar um papel, uma concha, uma pedra e aí desenha-se algo que as nossas entranhas nos ditam. Outras vezes podem ser as mãos que constroem algo que se ergue, seja no papel, seja com materiais recolhidos na natureza, seja com tecidos. Nas mãos, as canetas, os lápis de cor, o pincel e as aguarelas. Expressão e Atenção.
Por vezes, é necessário sair para descansar o foco, passear na natureza, nas ruas da urbe e recolher tudo aquilo que a vista alcança, e depois voltar e retomar o caminho para a descoberta, para aquilo que a atenção e os sentidos transpõem para o material, um encontro entre o humano e o objeto e o que desse momento surge, sem qualquer cálculo e predefinição. O fluir dos sentidos e o brincar do ser humano com o desafio material com que se depara.
É um caminho de um corpo de um ser humano com todos os sentidos abertos à vivência, sem interpretações e ideias predefinidas juntamente com outros seres humanos, sem necessidade de explicação. Ali importa a presença profunda e a expressão. As obras que se vão construindo revelam o encontro do ser humano com o material, de cada ser que respira ali naquele lugar. De repente, no inesperado surge algo novo de uma construção que se julgava a seguir um caminho e depois, ao ser novamente olhada, ganhou outro significado.
Um algo que surge, experimentação, de todo o turbilhão de sentidos, presença que as pessoas acolhem naquele momento e que flui para um parto inesperado e novo, sem qualquer impedimento.
Ao longo desta viagem, a partilha acontece a dois ou a três e os frutos desta experiência aberta vão surgindo, sem tentativa de explicação, mas num desenrolar de novos insights e caminhos para o nosso quotidiano. “O que levamos para casa, depois desta viagem?” – perguntamo-nos. A experiência, através das artes, acontece como forma de ultrapassar o padrão existente na nossa vida para chegar ao novo. Fotografias:
Rasmus Forman Teresa Pêgo
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